Carboxiterapia, você tem medo do quê?

Ouço muitas dúvidas e as vezes até abobrinhas sobre o assunto carboxiterapia.



Já ouvi perguntas, sobre os perigos de embolia e até morte.

Hoje a internet é um canal aberto e podemos nos informar certo ou errado a respeito de diversos assuntos, por isso vou colocar aqui sobre esta dúvida com algumas fontes para vocês tirarem suas conclusões: afinal é perigoso fazer carboxiterapia ou não?

Vamos a explicação:
O uso da carboxiterapia começou em 1932 numa estação termal, onde o CO2 foi utilizado em portadores de arteriopatias periféricas, onde eram submetidos a banho de imersão de água carbonada. (Leibashoff, 2006).
E em 1953, antes mesmo de eu nascer, o medico cardiologista Jean Baptiste Romuef publicou resultados terapêuticos, sobre o uso de CO2 subcutâneo.
A carboxiterapia é um gás incolor e atoxico, produzido diariamente pelo nosso organismo em grandes quantidades e eliminado pelo pulmão, enqto respiramos.

O CO2 é utilizado em videolaparoscopia para insuflação da cavidade abdominal e em histeroscopias e como contraste em arteriografias e ventriculopatias ( Ambrosi, 2005) , então como poderia fazer mal? sendo que numa cirurgia a quantidade é muito maior que o usado numa sessão de estética por exemplo.

E nos procedimento estético não-cirúrgico consiste na aplicação de injeções de gás sob a pele em tratamentos: celulite, estrias, gordura localizada, flacidez da pele e também para estimular o crescimento do cabelo. E por ser um tratamento atóxico, estimula o metabolismo celular, sem agredir o organismo.Devido ao alto poder de difusão ele é eliminado rapidamente, ficando somente o efeito de vasodilatador, que reduz efeito de embolia.
Entao, ao se difundir pelo tecido gorduroso, o gás CO2 promove uma vasodilatação melhorando a circulação e ao mesmo tempo promove a lipólise (quebra da gordura). A atuação contra a flacidez e “celulite” se dá no estímulo à produção do colágeno. A ação farmacológica do CO2 injetado envolve vasodilatação local com os conseqüentes aumentos: do fluxo sanguíneo vascular e da pressão parcial de oxigênio (PpO2) O aumento da
PpOé resultante da potencialização do efeito Bohr, ou seja, há redução da afinidade da hemoglobina pelo oxigênio,acarretando uma maior quantidade de O2 que estava retido pela hemoglobina para ficar disponível para o tecido a ser tratado.

Quem quiser se aprofundar mais sobre assunto, coloquei abaixo, algumas referencias bibliográficas.

Espero que tenha desmitificado sobre este assunto.
Boa semana!

Até próximo post!

Zuleide Felisberto




Existe hoje muitos artigos cientificos falando sobre assunto:
Leibashoff G. Carboxytherapy. In: Goldman MP, Hexsel D, eds. Cellulite: pathophysiology and treatment. New York: Taylor & Francis; 2006. p. 197-208. Brockow T, Hausner T, Dillner A, Resch KL. Clinical evidence of subcutaneous CO2 insufflations: a systematic review.J Altern Complement Med. 2000 Oct; 6(5):391-403. Ambrosi C, Delanoe G. Therapeutic effect of CO2 injected sub-cutaneously in arteriopathies of the limbs. Experimental research (author’s transl) Ann Cardiol Angeiol (Paris). 1976 Mar-Apr; 25(2):93-8. Apud In Yamaguchi C. I Annual Meeting of Aesthetic Procedures. São Paulo: Santos, 2005: 575-79 Yau, P, Watson, DI, Lafullarde, T, Jamilson, GG. An expermentalstudy of the effect of gas embolism using different laparoscopy insufflation gases. J Laparoendosc Adv Surg Tech 2000; 10: 211-6 Toryama, T et al. Effect of artificial carbon dioxide foot bathing on critical limb ischemia (Fontaine IV) in peripheral arterial disease patients. Int Angiol. 2002 Dec; 21(4): 367-73.

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